dezembro 03, 2012

Origem dos anjos





A palavra Anjo é derivada do latim, angelus, e do grego, angelos, com o significado de mensageiro.
A palavra Anjo, no sentido que empregamos atualmente, era chamado de Daimones pelos gregos ( gênio, anjo, ser sobrenatural ), que foi adequadamente corrompido para " demônios "pelos autores canônicos.
Segundo os gregos, eles eram o que se podia chamar de "espíritos" da condição humana, isto é, personificações de vários estados de existência, emoções, ações e moralidade. Os Dimones de moralidade foram divididos em Agathoi ( o Bem, Virtudes ) e KaKoi ( o Ruim, Vícios).
Foram classificados Daimones de ação humana e condições semelhantes como Agathos ( Bom, Favoráveis ) ou Kakos ( Ruim, Prejudicial).
A palavra hebraica para Anjo é Malakl, que sgnifica "Mensageiro".
Anjos são os seres intermediários entre Deus e a humanidade. Eles são definidos por sua função de proclamação de mensagem, embora este papel não compreenda todas as suas atividades. Originários do Zoroastrismo, eles são particularmente encontrados ( embora não exclusivamente) na família ocidental de religiões: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, em que Deus é concebido como um ser tão elevado que não intervém diretamente no mundo. Os anjos são constantemente vistos entregando mensagens aos mortais ou anunciando de outras maneiras a vontade de Deus. Muitas religiões contém noções de anjos da guarda, que são anjos com a função de vigiar e proteger os indivíduos.
Um contraste entre a angelologia tradicional e contemporânea é que o foco da doutrina mais tradicional sobre os anjos estava na atividade de Deus por meio de seus anjos, enquanto, no período contemporâneo, Deus quase parece ter sido ocultado por seus anjos. Vamos, por contraste, examinar uma história de milagre mais tradicional, o resgate do apóstolo Pedro por um anjo no livro de Atos dos Apóstolos.
A base desta história é a perseguição da Igreja cristã primitiva na Palestina. O rei Herodes ( neto de Herodes, o Grande), que ocupava sua posição indicado por Roma, executou Tiago, o irmão de João, e aprisionou Pedro com a intenção de executá-lo logo após a Festa dos Pães Asmos. Ciente do destino que aguardava Pedro, a comunidade dos cristãos orou por sua libertação :
" Pedro estava guardado na prisão; mas a igreja orava com insistência a Deus por ele. Ora, quando Herodes estava para apresentá-lo, nessa mesma noite estava Pedro dormindo entre dois soldados, acorrentado com duas cadeias e as sentinelas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz resplandeceu na prisão; e ele, tocando no lado de Pedro, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa.
E caíram-lhe das mãos os cadeados". ( Atos 12:5-7)
O primeiro ponto a ser observado é que o Deus cristão responde à oração. Neste caso, ele envia um anjo para responder às orações da comunidade cristã. Isto confere com o conhecimento hebraico tradicional de uma divindade real que envia anjos da corte dos céus para entregar suas mensagens ao seu povo. O anjo instrui Pedro a se vestir e segui-lo para fora da prisão. Pedro,meio sonolento, pensa que está sonhando.
" Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram à porta de ferro, que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e tendo saído, passaram uma rua, e logo o anjo se apartou dele". ( Atos 12:10)
Os anjos no sentido próprio surgiram inicialmente no Zoroastrismo, o primeiro monoteísmo verdadeiro.
De significado decisivo na visão dos últimos desenvolvimentos nas religiões irmãs do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, foi a doutrina de Zoroastro de uma luta contínua entre o bem e o mal- uma visão dualista do mundo- que incluía a guerra entre os anjos do bem e do mal.
Acredita-se que esta grande luta aconteceu no segundo dia da Criação. Deus criou todos os anjos com livre arbítrio para escolher entre o bem e o mal.Além disso, acredita-se que alguns foram fortalecidos com a Graça de seguir a Deus, enquanto a outra facção, igualmente forte, teve maior inclinação para ocupações menos nobres. Quando este grupo pecou, foi deflagrada uma guerra, com o arcanjo Miguel no comando dos bons anjos e Lúcifer como o líder das legiões das trevas.
O Monte São Miguel na costa da Normandia é o monumento eterno ao líder vitorioso das hostes celestias na guerra contra o anjo rebelde.
Quando Lúcifer deixou o céu, foi dito que levasse consigo um terço dos habitantes do celestiais. Segundo Orígenes, havia também alguns "anjos duvidosos" que não estavam certos da posição a tomar, se deviam ficar do lado de Deus ou de Lúcifer.
Alguns crêem que foi dessas criaturas hesitantes e irresolutas que se originaram os humanos. Na literatura, a história mais significativa sobre a Guerra no Céu pode ser encontrada na obra "O Paraíso Perdido de John Milton", em que um Satã arrogante coloca anjos rebeldes contra o fiel que defende o Monte de Deus no céu. Ao ser expulso do céu, Satã corrompe os primeiros humanos como revanche.
Os hebreus antigos não tinham postulado uma divindade malígna ou diabo, oposta a Jeová. No livro de Jó, por exemplo, Satanás é o membro da corte celestial cujo papel parece ser o de advogado de acusação , em vez de inimigo de Deus.Estes escritos extrabíblicos explicavam o mal em termos da revolta e/ou desobediência dos anjos de Deus.
Em uma dessas histórias, Satanás declarou-se igual a Deus e liderou uma rebelião de anjos contra a ordem celestial. Derrotado, ele e seus seguidores foram expulsos do céu, e subsequentemente continuaram a guerrear contra Deus, tentando arruinar a Terra, a criação de Deus.
Uma narrativa alternativa, bem menos conhecida e preservada no livro apócrito de Enoch, é que um grupo de anjos desejou ardentemente possuir fêmeas mortais; depois de deixarem sua morada celestial, caíram ao ter relações sexuais com elas.
Além da noção de uma batalha espiritual contínua entre o bem e o mal, o Judaísmo também adotou a idéia de um juízo final e ressurreição dos mortos no final dos tempos- um tempo em que a justiça finalmente triunfaria.Este final feliz seria precedido por uma batalha final em que os anjos de Deus venceriam Satanás e seus anjos caídos de uma vez por todas.
Além da Bíblia hebraica, diversos textos importantes da literatura religiosa judaica desenvolveram ainda noções sobre anjos. O mais importante é o Talmude.Os rabinos talmúdicos simultaneamente reconheciam inovações pós-bíblica, como a divisão entre anjos de paz e anjos do mal.
A angelologia cristã medieval moveu-se em duas direções. A primeira é caracterizada por um fascínio com as personalidades de figuras angélicas específicas.
Escritos como os Livros de Enoch, o Testamento de Abraão e o Apocalipse de Elias descrevem as funções dos anjos chamados Uriel, Raguel, Sariel,Jeremiel e outros que prestam serviços com Gabriel, Miguel e Rafael.
Escritos cristãos não-canônicos, especialmente os textos de Nag Hammadi, continuam e estendem-se sobre esta tendência.
A segunda tradição da angelologia medieval é principalmente filosófica, focalizando aspectos como a corporeidade ou a não- corporeidade dos anjos e a ordem exata da hierarquia dos anjos.
Os anjos são mencionados frequentemente no livro santo islâmico, o Alcorão.
Para descobrir seres paralelos em outras religiões, os autores contemporâneos geralmente mencionam certos espíritos e semideuses hindus/budistas, como os devas, apsaras e gandharvas, bem como divindades mensageiras do panteão grego ou romano clássico, como Eros, Hermes e Nice. Estas últimas deidades são particularmente apropriadas para comparação, pois contribuíram iconograficamente para os anjos cristãos.
Outra classe de seres que convida à comparação são as fadas. Fadas são um tipo de espírito da natureza que, sob diferentes nomes e disfarces, são encontradas em todas as partes do mundo.
No Ocidente, os anjos iniciaram um declínio gradual em importância com o alvorecer da ciência, no início da era moderna. As ciências físicas sufocaram a crença na realidade concreta de céu, inferno, anjos e demônios. A única tendência importante que prevaleceu foi o surgimento da psicologia de profundidade, que deu a essas entidades nova plausibilidade como fenômenos mentais.
A noção de anjos como seres reais, literais, voltou à moda dentro de duas subculturas distintas: o Protestantismo evangélico moderno e a subcultura metafísica contemporânea da Nova Era.






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